Essas duas noite não foram nada legais, não foi fácil desligar o pensamento.
Como eu pensei, como tudo parece não ter sentido e nunca ter tido mesmo.
Tudo é tão superficial, tudo tão banal e ao mesmo tempo brutal demais!
Tantas coisas deixei de viver e nem foram por medo, nem coragem! Simplesmente elas não aconteceram.
Estou num misto de tristeza, de angustia, de perda, de uma grande derrota, a derrota da vida.
E hoje, depois de ter passado um manhã de frio, não só em temperatura, mas uma frieza interna que só eu sei o quanto doía, cheguei na minha salinha com minhas bebezinhas para dar aula, uma chuva torrencial que dava até medo de atravessar o beco que levava aquela sala. A diretora ainda cogitou eu ir para outra, mas eu insisti em entrar na de costume. E quando coloco a bolsa na mesa e levanto a cabeça encontro esse bilhete no quadro de uma pessoa que nem conheço, mas sabe lá o porque ela teve essa necessidade de escrever isso pra mim.
Confesso que chorei muito lendo isso, por ser fraca e não acreditar que Deus é aquele que me guia, e que tudo que tenho e sou devo só a Ele. Que as coisas que tanto sonho e que nunca vive, podem um dia se tornar realidade.
Pra mim esse bilhetinho dessa pessoa que não faço ideia de como seja, de como é seu rosto e creio que ela também não tenha a menor ideia de quem eu sou, foi Deus mesmo usando as pessoas de instrumentos, tentando me mostrar que mesmo que eu viva na solidão eu nunca vou estar só, pois existe um Deus que tudo pode e que nunca me abandonará, mesmo quando os meus me abandonarem.
É tudo que eu peço neste momento é sabedoria para enxergar o que a minha humanidade não permite. Não tá sendo fácil isso tudo, nunca foi fácil e tem quase 4 anos que tudo piorou e muito.
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